quarta-feira, 12 de junho de 2013

Never Give Up

3º Temporada - 31º Capítulo


[Entrei rapidamente no carro e Justin estava sentado ao lado direito, com o celular nas mãos. Liguei o carro e ele disse: Tudo bem?
Assenti e falei: Sim e com você?
Ele concordou com a cabeça e me abraçou forte.] 

Sorri e falei: Que correria.
Ele riu e disse: É sempre assim. Você estranhou porque foi a primeira vez que veio me buscar no aeroporto. Quase sempre é a sua mãe que vem, e chega a ser engraçado.
Ri e falei: Por que? Ela dá atenção aos fotógrafos?
Ele balançou a cabeça e disse: Não, é que ela responde o que eles perguntam como se eles fossem amigos próximos. Eu acho engraçado.
Falei: Ela faz isso quando está comigo também.
Saímos de lá e ele disse: Nós vamos para a sua casa?
Falei: Sim. Onde mais seria?
Ele disse: Não sei, talvez ao médico-olhou-me- de novo. Mas acho que você já foi.
Falei: Do que está falando?
Ele tirou os óculos e disse: Eu vi que você foi ao médico de manhã porque não estava se sentindo bem e saiu no meio da aula. Depois você foi a farmácia. Por que você não me avisou? Eu fiquei preocupado. O que aconteceu com você? A Megan também não me falou nada.
Parei no semáforo e falei olhando pra ele: Foi tudo muito rápido Justin. Minha mãe ficou sabendo só quando chegamos em casa. E a Megan não tem nada que te avisar. Sua namorada sou eu e não ela. 
Ele passou a mão na minha perna e disse: Senti uma pontada de ciúmes. E dai? Você tinha que ter me avisado. Eu ficaria mais tranquilo em saber o que estava acontecendo, e não vendo fotos na internet sem nenhuma explicação lógica. O que você tinha?
Revirei os olhos e falei: Sentiu uma pontada errada então. Eu estou aqui não estou? Foi só uma tontura e enjoo, nada demais.
Ele aumentou o tom de voz e disse: Nada demais? Você sempre diz que não é nada demais e acaba muito mal. Você tomou algum remédio? Quer saber, sai dai que eu dirijo. Vamos trocar.
Ri da maneira como ele falava e falei: Você me conhece e sabe que eu estava muito mal, mas isso é normal na gravidez. Trocar? Está louco? Estamos no meio de uma avenida. 
Ele deu os ombros e disse: Qual a graça? E qual o problema de estarmos em uma avenida? Pare esse carro agora e vamos trocar.
Falei: Não se esqueça que você está no meu carro, e você não manda em nada. 
Ele disse: Não se esqueça que além de eu ser seu namorado, sou mais velho e você tem que me respeitar. Anda, para esse carro Seu nome.
Falei: Isso não quer dizer nada. 
Ele disse: Claro que diz. Para esse carro Seu nome. 
Parei o carro na rua em que passamos e falei: Pronto, parei o carro. 
Ele disse: Agora vamos trocar de lugar. Saia do carro e dê a volta.
Virei-me de frente para ele e falei: Eu não vou trocar com você. 
Ele disse: Então por que você parou o carro?
Falei como se fosse óbvio: Porque você não parou de me encher falando para que eu parasse.
Ele disse: Eu queria trocar de lugar. 
Falei: E por que eu não posso dirigir? Estamos à 10 minutos de casa.
Ele disse: E se você desmaiar no volante?
Ri e falei: Por favor Justin, não fuja da realidade. Eu já estou bem.
Ele olhou-me e passou a língua nos lábios. Falou: Está nada.
Falei: Se você veio me ver com a intenção de me tirar do sério não precisava vir.
Ele disse: Agora você quer que eu vá embora?
Passei as mãos no rosto e suspirei com um "ai meu deus" para mim mesma, mas ele provavelmente ouviu. 
Falei tentando parecer calma: Eu vou ligar esse carro e iremos para a minha casa sem mais conversa. Certo?
Ele disse sério: A casa não é sua.
Olhei-o brava, que desviou o olhar e segurou o riso derrotado.
Liguei novamente o carro e o radio em seguida. Ele não disse mais nenhuma palavra até que chegássemos em casa. Estacionei na garagem e desci do carro. Ele desceu e seguida e foi caminhando atrás de mim. Segurou-me pelos quadris e fomos andando abraçados até a porta. Tirei meus óculos e abri a porta da sala. O primeiro andar parecia vazio.
Chamei pela minha mãe e ouvi sua voz distante: Estou aqui filha.
Ela entrou em casa pela porta lateral da sala e disse: Justin! Que bom que você chegou.
Ele correu abraçá-la e disse: Estive com saudades de você Márcia. 
Revirei os olhos e falei: Então vocês são amigos?
Eles assentiram ao mesmo tempo e minha mãe disse: Pelo jeito vocês já discutiram. 
Ele assentiu e disse: Ela foi ao médico e não me avisou. Eu fiquei bravo.
Ela disse: Eu também fiquei, mas pelo menos ela está melhor agora. 
Subi as escadas e falei: Me poupem de ouvir a conversa de vocês.
Minha mãe riu e o Justin não disse nada. 
Entrei no meu quarto e encostei a porta. Liguei a tevê e tirei a jaqueta. Prendi o cabelo em um coque com o próprio cabelo e sentei-me na cama. Logo o Justin entrou no quarto e deixou sua mochila na cadeira da escrivaninha. 
Olhou-me e disse: Está mais calma?
Falei: Eu? Você que tem que se acalmar.
Ele disse: Eu estou super calmo, ainda mais porque estou aqui com você.
Falei: Não foi o que me pareceu.
Ele sentou-se de frente para mim na cama e tirou a jaqueta. 
Justin sorriu e disse: Impressão minha ou a sua barriga cresceu? Já está aparecendo a gravidez. -ele acariciou-a- Estou ainda mais ansioso.
Sorri e falei: Pensei que você não iria perceber.
Ele disse: É claro que eu percebo. Eu te observo a todo instante e também percebi que você cortou o cabelo. 
Olhei-o surpresa e falei: Tá, agora você me pegou. Eu estou com o cabelo preso Justin, como você percebeu?
Ele aproximou-se e disse: Quando eu te vi de longe no aeroporto, seu cabelo estava mais curto.
Tirei seu boné e falei: Estou impressionada. Você é um ótimo observador.
Ele disse ainda mais próximo: Você fala como se fosse alguma novidade.
Deixei meu celular de lado e ele disse: Agora eu mereço um beijo? Só discutimos desde que eu cheguei.
Assenti e com o dedo indicador chamei-o para que viesse até mim.
Ele engatinhou na cama e veio até em cima de mim e disse: Você fica ainda mais atraente quando prende o cabelo assim.
Falei quase beijando-o: Você acha?
Ele assentiu e fechou os olhos: Dá para ver mais o seu rosto. Eu gosto.
Passei a mão em seu cabelo e ele tentou morder meu lábio, afastei-me de leve e ele deu-me dois selinhos calmos, logo partimos para um beijo de verdade e ele continuou ali, quase em cima de mim. Abracei-o em volta do pescoço que passou a beijar-me cada vez com mais agilidade. Intercalei com selinhos e falei com a voz mansa: Eu tenho uma notícia boa e outra ruim. Qual você quer primeiro?
Ele sentou-se ao meu lado e disse: Quero a ruim primeiro.
Falei: Teremos que acordar cedo amanhã, porque eu tenho faculdade. 
Ele deu os ombros e disse: Isso eu já sabia. E a boa?
Mordi o próprio lábio e falei: Minha irmã só volta amanhã para casa.
Ele sorriu animado e disse: Está falando sério?
Assenti e beijei-o, que sorriu novamente e falou: Isso é ótimo.
Concordei e falei: É mesmo.
Ele disse: Então isso quer dizer que podemos ficar aqui numa boa, que ninguém irá nos atrapalhar?
Sorri e assenti ao mesmo tempo. Ele me beijou, e fez com que eu deitasse na cama. Seus beijos estavam cada vez mais tentadores e envolventes. Ele sabe como esvaziar a minha mente em questão de segundos. Era como se eu não conseguisse pensar em nada. Mas eu não estava pensando mesmo. Ele me faz um bem enorme. 
Depois de tempos aos beijos ele disse: Você não faz ideia do quanto é difícil pra mim te ver uma vez por semana.
Falei: É complicado. Mas pense, é melhor do que te ver uma vez durante três meses.
Ele concordou e disse enquanto acariciava meu cabelo: Com certeza. Eu não aguentaria ficar mais de duas semanas sem te ver.
Encarei-o e falei: Para quem ficou um mês sem dar notícias, duas semanas não é nada.
Ele me abraçou e disse: Para de ficar pensando nisso. Eu já te pedi desculpas e expliquei. 
Falei: Mas isso não muda o fato que você ficou um tempo sem dar notícias. Então você vive sem mim tranquilamente.
Ele olhou-me surpreso e disse: Nunca mais repita isso. Você sabe que é a pessoa mais importante pra mim. 
Concordei e falei: Aw, tudo bem. Eu não falo mais isso, mas você que começou. 
Ele disse: Você fica pensando no passado e no que não deve. 
Falei olhando para ele: Eu estaria pensando no passado, se eu estivesse falando sobre um ano e meio atrás quando você passou dois dias chorando. 
Ele revirou os olhos e disse: Não começa Seu nome. Detesto lembrar disso.
Sorri e falei: Tudo só porque você fic...
Ele me agarrou e disse assim que pausou o beijo: Parou com esse assunto.
Assenti e falei: Mas eu gosto de lembrar o quanto foi fofo você chorando.
Ele desfez o sorriso: Queria ver você gostar de lembrar naquela época. Sem graça.
Dei um selinho nele e falei: Tá bom, eu paro.
Ele deu um sorriso falso e disse: Acho bom mesmo. 
Passei a mão em seu abdômen por dentro da blusa e falei: Você continua malhando?
Ele afirmou com a cabeça e disse: Quase todos os dias princesa. Tenho que manter a forma.
Desviei o olhar e falei: Como se você fosse gordo.
Ele não respondeu e deu-me vários beijos no rosto, impedindo que eu enxergasse o quarto.
Empurrei-o no peitoral e falei: Sai, não consigo respirar.
Ele continuou a beijar-me por todo o rosto, menos nos lábios. Vai entender esse garoto.
Falei: Justin!
Ele se afastou e disse sorridente: Como você reclama. Não beijo mais também.
Falei: Mas você fica beijando pelo rosto todo, isso é muito meloso.
Ele deu-me um selinho e disse: Isso pode?
Falei: Claro que pode.
Ajeitei-me na cama e falei: Vamos sair um pouco? Dar uma volta no shopping, ou sei lá.
Ele disse: Por mim tudo bem, mas o problema é que eu estou sem seguranças e você terá que aturar o tumulto. 
Dei os ombros e falei: Você sabe se virar e eu também. Só para sair um pouco mesmo.
Justin levantou-se e disse: Vamos agora então. Podemos voltar antes do jantar e ficar aqui no quarto conversando.
Falei: Você gosta de conversar no quarto?
Ele riu e disse gracioso: Oh se gosto.
Falei: Acho que vou tomar banho antes de sair. 
Ele disse: Você está linda assim. Tomamos banho na volta. Não iremos demorar muito.
Sorri e falei: Não vou dizer que você me convenceu, mas vamos fazer o que você disse. 
Ele segurou minha mão e disse: Você fica tão fofinha com essa barriga começando a aparecer. Logo poderemos dizer ao mundo que eu serei pai.
Falei risonha: Fofinha seria a mesma coisa que gordinha, que eu sei. -ri- Logo poderemos falar. Só te peço mais uns dias.
Ele concordou e disse ao ficar na minha frente: O tempo que você precisar.
Dei um selinho nele, que me beijou e falei: Vamos logo. 
Ele pegou minhas chaves e disse: Mas eu vou dirigindo. 
Neguei com a cabeça e falei: Você não sabe onde vamos.
Ele riu e disse: Você que não sabe. Eu quero ir dirigindo.
Olhei para ele e falei ao abrir a porta: Não inventa Justin, eu vou dirigindo.
Ele passou por mim e disse: Não vai não amor. Eu estou com as chaves.
Falei: Mas que saco. Vai sozinho então.
Parei no começo da escada e ele disse: Venha logo e pare de frescura.
Puxou-me pelas mãos e descemos as escadas. Minha mãe também estava saindo e falei: Onde vai mãe?
Ela disse: Na casa da sua tia. O jantar já está pronto e não irei demorar.
Falei: Ah sim. Mande um beijo meu para ela e a Gabi. Nós iremos ao shopping.
Justin disse curioso: Quem é Gabi?
Agora que ele entende o português quer saber de tudo. Garoto curioso.
Falei rápido: Minha prima. Você só a conhece por foto.
Ele disse: Estamos juntos há tanto tempo e ainda não conheço nem metade da sua família.
Falei: Olha quem fala. Eu mal conheço seus avós!
Ele disse ao entrar no carro: Mentira! Você os conhece sim, mas quase nunca vamos para o Canadá porque eu estava em época de turnê.
Falei: Então você está me devendo uma viagem para Ontário.
Ele assentiu e disse: Pode deixar Seu apelido. Mas por enquanto você não pode sair do Brasil.
Coloquei meus óculos de sol e falei: Eu sei. Onde vamos?
Ele deus os ombros e disse: Vamos passar em uma sorveteria e depois caminhar na avenida da praia.
Falei: Está falando sério? Você está no Brasil Justin. É impossível caminhar a beira da praia sem ser notado.
Ele disse: Eu gosto de ser visto. Mas relaxa, temos que caminhar um pouco mesmo. Ficar conversando lá é bom. 
Liguei o rádio e falei: E nós vamos em qual sorveteria?
Ele apertou minha coxa com a mão direita e disse: Calma curiosa. Logo nós chegaremos.
Ele também colocou os óculos e minutos depois estacionou em frente a uma sorveteria.
Falei: Eu vou ficar esperando no carro. Quero de brigadeiro.
Ele disse: Milkshake?
Assenti e Justin disse: Eu não demoro.
Ele desceu do carro e continuei ouvindo a música enquanto mexia no celular. Olhei para a rua e estávamos na avenida da praia de Copacabana. O Justin acha que será fácil caminhar por aqui numa boa, sem que sejamos cercados por centenas de garotas em segundos. Só espero que ele pense em estacionar pelo menos na rua de trás.
Ou melhor, ele poderia ter pensando em ir à outra praia, de preferência mais distante daqui, mas não, ele quer ir na mais cheia e mais conhecida.
Logo ele voltou para o carro e disse ao entregar meu milkshake: Sabe o que eu percebi?
Arqueei uma das sobrancelhas esperando uma resposta.
Ele disse: Estamos sendo seguidos por fotógrafos. Isso não é legal.
Ri pelo nariz e falei: Eu avisei. Onde você vai parar para irmos até a pista de caminhada? 
Justin apontou para a frente e disse: Vamos parar mais a frente e fazer o caminho contrário.
Falei: Como você complica as coisas.
Ele deu os ombros e pegou seu milkshake que estava comigo.
Falei: Espera para tomar isso, você está dirigindo.
Ele disse: É por isso que eu tenho duas mãos.
Falei: Grosseiro. Depois faz coisas que não deve e fica todo arrependido.
Ele disse confuso: Do que você está falando?
Balancei a cabeça e falei: Nada Justin, nada.
Pelo menos ele não correu com o carro como costuma, talvez por estar dirigindo com uma mão e tomando milkshake com a outra. 
Fomos para a rua de trás e ele fez o retorno mais a frente. Estacionou na rua de um condomínio e disse: Pode ser aqui?
Dei os ombros e falei: Sim. Eu só quero ver você conseguir caminhar tranquilo.
Desci do carro e coloquei o celular no bolso. Ele fez o mesmo e disse: Relaxa amor.
Deu-me um selinho e segurou minha mão. Fomos andando devagar e ele disse entre dentes: Se eu começar a correr você vem junto.
Assenti sem opinar e atravessamos a rua. Olhei para trás e haviam cerca de cinco fotógrafos se aproximando. Olhei para ele e falei: Deixa quieto?
Ele disse com a voz baixa: Por enquanto sim.
Fomos até a pista de caminhada da praia e ele disse: Finja que não estamos sendo fotografados, nem que estamos em um lugar como esse. Apenas relaxe. 
Não respondi e começamos a caminha pela pista, da qual a cada minuto garotas paravam em nossa frente e diziam coisas do tipo "meu deis é o Justin", “É o Bieber e a Seu nome”, “eu te amo, só queria que você soubesse” e essas coisas.
Justin deu atenção de leve para todos que nos paravam, mas depois de um tempo ele disse: Agora chega de fotos. Vamos continuar caminhando até o fim dessa rua e depois voltamos para o carro.
Falei: Você disse que aqui era bom para conversar.
Ele assentiu e disse: Mas é mesmo. Eu tenho uma noticia para você.
Falei olhando para ele: É boa ou ruim? 
Ele passou a mão na nuca e disse: Tem as duas. Qual você quer primeiro?
Falei: Fale a boa.
Ele disse: Minha mãe não está mais morando em casa, em Calabasas.
Olhei-o surpresa e falei: Por que? Isso é bom? E a ruim?
Ele riu e disse: A ruim é que ela não está mais morando lá. 
Falei: Não estou te entendendo. Por que ela se mudou? Onde ela está morando?
Ele disse: No meu ponto de vista isso é bom e ruim. Bom porque ficaremos apenas nós e ruim porque teremos que nos virar sozinhos quando nossa filha nascer. Eu não sei como me virar. Ela está morando no Canadá.
Falei: No Canadá? Mas é muito longe. Precisaremos de ajuda quando essa criança nascer. E você nem sabe se é menina. O que vamos fazer? Eu não vou saber me virar sozinha.
Ele disse: Agora vem a parte boa. Quando nossa FILHA- deu intonação no fim da palavra- nascer, ela ficará um tempo em casa para nos ajudar e fora isso temos a governanta e as empregadas que devem saber se virar. 
Falei: Só porque você cismou que será menina, eu tenho certeza que será Brian. Pelo menos temos a ajuda delas. Isso é bom.
Ele assentiu e disse: Sim, e eu já comecei a planejar o quarto dela. 
Falei: Dela quem? Desde quando você é arquiteto para planejar alguma coisa?
Ele deu um sorriso falso e disse: Como você está mau-humorada. Dela, nossa filha.
Falei: E se for menino?
Ele disse como se fosse óbvio: Ai será nosso filho. 
Falei: E eu não estou mau-humorada. Você que está.
Ele apertou monja mão e disse: A culpa não é minha.
Olhei para ele e falei: Claro que é. Você fica me irritando.
Ele deu-me um selinho e disse: Não é disso que eu estou falando, e você sabe.
Fingi não entender e falei: Não sei do que está falando. 
Ele me beijou e disse: É claro que você sabe. Quando eu fico mau-humorado assim, é por culpa sua. E você também está, ou seja , você entendeu. 
É claro que eu entendi, desde o começo. Assenti e falei: Talvez você esteja certo. 
Ele disse convencido: Talvez não, eu estou certo.
Puxei-o pela mão e falei: Já está anoitecendo. Vamos embora.
Ele disse: Vamos.
Parei perto da esquina e falei: Mas espera, eu quero tirar uma foto com você aqui. Todo mundo tirou menos eu.
Ele apertou minhas bochechas e disse: Que dó. Agora eu não quero tirar foto.
Cerrei-o com os olhos que riu e disse: É brincadeira. 
Tirou o celular do bolso e tiramos uma foto de costas para a praia, deixando toda a linda vista como paisagem de fundo. Ele tirou uma foto minha sozinha e também tirei uma dele. 
Justin me abraçou por trás e disse: Agora nós podemos ir?
Assenti e falei: Sim Justin.
Atravessamos a rua e ele disse: Você só chame me chamar de Justin. Parece que está brava toda hora.
Falei: Como você quer que eu te chame? É o seu nome, e Bieber você não gosta.
Ele disse: Não é que eu não gosto. Todos podem me chamar de Bieber, menos você.
Poxa, eu quase nunca te chamo pelo nome.
Fui concordando com a cabeça enquanto ele falava e quando viramos na rua do carro, estava cercada por paparazzi, provavelmente nos esperando. 
Caminhamos rápido até lá e Justin virou a cara para eles, que começaram com perguntas um tanto desnecessárias. “É verdade que vocês vão morar sozinhos aqui no Rio de Janeiro?” “Sua namorada está grávida?” “Como se sente sendo um futuro pai?” “Você está morando aqui no Brasil?”.
Entrei no carro e ele respondeu antes de entrar: Não é verdade, e cuidem da vida de vocês. Só estou passando um tempo em outra cidade para descansar. 
Ele entrou no carro e ligou-o após bufar irritado.
Falei: Eles não dão sossego.
Ele concordou e disse: Isso é um porre. Por isso que eu estou gostando de ficar naquele apartamento. Lá eu sou meio que desconhecido pelos outros e os meus vizinhos já acostumaram comigo.
Acariciei seu rosto e falei: Relaxa amor. Você já está acostumado com isso e sabe como funciona.
Justin ligou o carro e disparou para a rua ao lado em questão de segundos. 
Segurei sua mão e falei: Não corra com o carro, é perigoso.
Ele disse com os olhos fixados a frente: Eu não estou correndo.
Falei com a voz calma: Está sim. Por favor, eu sei que você está irritado, mas diminua essa velocidade. 
Ele pisou mais de leve no acelerador e suspirou. Coloquei a mão esquerda em seu ombro direto e fiquei acariciando-o o caminho todo. Já era quase noite e se ele continuasse correndo dessa maneira com carro, além de levar uma bela multa, corremos risco de acabar em um acidente. 
Assim que chegamos em casa, ele estacionou na garagem e ao desligar o carro falou com a voz ainda mais rouca: Podemos conversar lá em cima?
Ele parecia bravo e ao mesmo tempo chateado. Concordei e falei: Claro.
Entramos em casa e parecia estar vazia. Meu pai deve chegar daqui umas duas horas e pelo jeito o "não vou demorar" da minha mãe não valeu de nada. 
Subimos as escadas rapidamente e entrei no meu quarto. Ele veio atrás e empurrou a porta com o pé.
Olhei para ele e falei: Você está chateado. O que aconteceu?
Ele abaixou o olhar e tirou o boné para ajeitar o cabelo, logo colocando-o de volta:
Eu não aguento mais esses idiotas querendo saber da minha vida a todo momento. Eu não tenho porquê aturar eles me vigiando o tempo todo. Eu não sou uma máquina que produz música e canta. Eu sou um ser humano, eu sou igual a eles. A diferença é que eu não fico me metendo na vida dos outros para ganhar dinheiro. Eu entendo que meus fãs gostam de saber onde eu estou a todo momento, mas eu converso com eles diretamente pelas redes sociais. Eu não suporto o fato de ser vigiado e não poder fazer o que eu quero.
Ele ficou em silencio e notei seu olhar marejado. Fui até ele que parou perto da porta do guarda-roupa e falei: O que você não pode fazer?
Ele segurou meus braços e disse: Quando estamos na rua eu tento demonstrar o mínimo de afeto por você porque eu sei que essas fotos irão para em algum site ridículo que irá inventar algum rumor e decepcionar meus fãs. Eu não posso curtir a praia daqui porque sou reconhecido até por um idoso que nunca me ouviu cantar. Eu não posso curtir todas as noites sem a companhia de seguranças porque eu não tenho privacidade. Eu não tenho privacidade em nada do que eu faço. Os únicos momentos em que eu me sinto confortável e longe das câmeras é quando estamos juntos, porque eu esqueço disso e nós evitamos ser vistos. Essas são as coisas que eu queria fazer mas não posso. 
Olhei em seus olhos e falei: Eu entendo que você esteja cansado disso, mas faz parte da sua vida e do seu dia a dia. Você pode fazer o que quiser, mas terá que arcar com as consequências. Vocês pensa que os seus fãs não sabem que nos amamos e estamos juntos sempre que podemos? Eles sabem e você só os poupa de ver essas cenas. Apesar que, muitos são a favor. Quantas vezes fomos vistos aos beijos por ai? Quase nunca, porque o máximo que nós fazemos na rua é dar as mãos e um selinho. Não acho que você deva fazer o que não te faz bem.
Se você gosta de mostrar aos outros que é feliz, mostre. Se você não gosta eu irei te entender. Eu só não quero te ver irritado com tudo isso sempre, porque não te faz bem. E você vive guardando isso para si, o que só te faz acumular essa irritação toda.
Ele atirou os óculos longe, em direção a cama e disse: Eu sei disso, mas é um assunto que eu não gosto de comentar, porque as pessoas não entendem. 
Seu olhar estava baixo. Ele colocou as mãos na nuca deixando os braços abertos e suspirou irritado, ou talvez aliviado. Falei: Você sabe que sempre pode conversar comigo sobre tudo. Eu sempre irei te ouvir e tentar te ajudar.
Ele assentiu e fez um gesto para que eu o abraçasse. Abracei-o forte e ele disse com a voz baixa: É por isso que eu te amo.
Sorri e ele continuou me abraçando forte. Senti que ele estava mais aliviado após reclamar de tudo o que ele guardava para si, creio que por um bom tempo. 
Assim que ele me soltou, falei: Vamos tomar um banho para relaxar e ficar aqui no quarto.
Ele concordou sem opinar e pegou sua mochila. Peguei uma troca de pijama e minha lingerie. Olhei para ele e falei sorridente, no intuito de animá-lo: Que cor você prefere? Roxo ou vermelha?
Ele sorriu e disse: Vermelha, com certeza.
Peguei as toalhas e falei: Vem amor.
Justin veio atrás de mim e assim que abri completamente a porta, gritei: MÃE? PAI?
Minha voz ecoou no corredor e no térreo. Ele disse: Ótimo, estamos sozinhos.
Assenti e puxei-o pela mão esquerda até o banheiro. Tranquei a porta e ele disse: Seu celular está aqui?
Neguei com a cabeça e falei: O seu está?
Ele disse: Acho que deixei em cima da sua cama.
Tirei a blusa e falei enquanto me olhava no espelho: Olha isso. Minha barriga já está marcada.
Passei as mãos em volta, formando o tamanho dela e ele disse: Você está ainda mais linda assim.
Sorri involuntariamente e ele ficou de joelhos em minha frente. Beijou minha barriga e disse: Mal posso esperar para ver o rosto desse bebê.
Acariciei seu cabelo e ele espalhou beijos por toda a minha barriga, seguido por um carinho com as mãos e logo levantou-se.
Falei: Você vai continuar me amando, quando eu estiver com a barriga enorme? Toda gordinha?
Ele riu e disse enquanto tirava a blusa: Amor não é baseado no físico. Eu não me importo se você estiver gorda, magra, careca, com o cabelo colorido, com uma barriga enorme e seu corpinho de modelo. Eu vou continuar te amando cada vez mais, porque esse é o efeito que você causa em mim.
Sorri sem graça e falei: Aww. Não sei o que dizer. É tão bom ouvir isso de você.
Inclinei a cabeça até ele e beijei-o, que soltou a alça do meu sutiã e disse: Você não vai usar isso para dormir, vai?
Assenti e falei: Claro que vou. Ainda mais porque o seio cresce durante a gravidez e eu não me sinto bem sem sutiã.
Ele sorriu e disse: Mas eu me sinto, muito bem.
Revirei os olhos seguido por um suspiro e falei: Seu tonto. 
Tirei o resto da minha roupa e ele ficou me observado pelo canto dos olhos enquanto fazia o mesmo.
Entrei no box e liguei o chuveiro. Deixei a água escorrer por todo o meu corpo e ouvi sua voz serena próxima ao meu ouvido: Eu me sinto bem com você.
Coloquei a mão para trás, direcionando em sua nuca e puxei-o para mais perto. Falei: Eu também me sinto bem com você, desde sempre.
Justin veio com a cabeça para o lado esquerdo e beijou-me quase de ponta cabeça. A água tentava atrapalhar nosso beijo, mas era meio impossível porque a nossa distância era menor do que a da água percorrendo nossos corpos como um só.
Ele deslizou uma das mãos sob meu corpo e falei com a voz baixa: É ainda melhor ficar aqui com você, quando você está mais sensível.
Ele disse: Eu não estou sensível. Estou normal.
Falei: Está nada. Qualquer coisinha você já se derrete.
Justin disse prensando seus lábios aos meus: Está falando de você?
Neguei com a cabeça e falei: De você mesmo amor.
Ele sorriu e disse: Talvez você esteja certa. Apenas talvez.
Ri e falei: Você sabe que eu estou certa.
Tomei meu banho primeiro enquanto ele ficou relaxando na água e logo sai do box. Enrolei meu corpo na toalha e enquanto ele desligava o chuveiro sequei meu cabelo rapidamente. Vesti a lingerie e ele disse: Bem que você poderia ficar só assim. 
Falei: Eu poderia, mas não é uma boa ideia logo agora.
Não digo que gosto quando ele fica assim, todo sensível e carente, mas ao mesmo tempo é ótimo porque ele cai em tudo o que eu faço, como por exemplo se excita com a simplicidade. É divertido, eu acho. Mas ele não gosta quando eu me divirto com isso. Ele diz que é como se eu me aproveitasse dele.
Ele vestiu sua boxer branca e falei: Você sabe que, essa boxer branca é praticamente transparente, não sabe?
Justin assentiu e disse: É por isso que eu tenho várias. 
Abri a porta do banheiro devagar e chamei: Mãe? 
“Estou aqui filha. Venham jantar”.
Falei: Já vamos.
Encostei novamente a porta e vesti meu shorts e a regata. Justin colocou um shorts e uma regata discreta. Ajeitou seu cabelo e saímos do banheiro. Fomos até o quarto e ele disse: Você fica tão mais linda assim, sem nenhuma maquiagem, sem nada.
Sorri e falei: Obrigada amor. Eu gosto quando você fala essas coisas.
Ele aproximou-se de mim e disse: Você sabe que quando eu fico assim, mais na minha eu fico mais-interrompi-o-.
Falei: Carente. Eu sei.
Ele riu e disse: Carente não seria a palavra certa.
Justin sentou-se na cama e sentei-me em seu colo de lado, passei uma das mãos em sua nuca e notei que ele se arrepiou. Falei: Eu te conheço e não é de hoje.
Dei um selinho nele, que me beijou com calma e ternura.

                                    Continuo na sexta

    Buenas para vocês. Não acho legal quando a mesma pessoa comenta mil vezes porque eu me iludo mas logo eu descubro que é a mesma pessoa. Evitem comentar mais de uma vez, por favor.
Espero que tenham gostado desse cap. Me mandaram no twitter que são "teammenina" Hahaha eu achei tão engra e fofo. Obrigada a todas que sempre comentam e estão lendo. Significa demais pra mim. Feliz dia dos namorados p vocês que tem um namorado porque eu não tenho e n ligo yeah. Qualquer coisa venham falar comigo. Beijos.

8 comentários:

  1. continua amo muito sua fic beijos -na

    ResponderExcluir
  2. Continua Let...ficou muito fofo esse capitulo *--*

    ResponderExcluir
  3. justin e suas cuecas brancas que eu adoro kkkkkkk ele carente é fofo *-*
    @fuckswagjb

    ResponderExcluir
  4. eu to mega ansiosa pra saber se é menino ou menina vai demorar mt?
    eu amei cap, ficou simplesmente lindo, perfeito e fofo.
    a fic tá ficando cada vez mais interessante, legal e divertida, e eu espero que vc continue loooogo.
    bjo
    @biebsmiling

    ResponderExcluir
  5. Obrigada pelo dia dos namorados,meu Poster do Justin agradece hahaha
    Você sabe lele q eu amo eternamente essa fic é tipo muito vida ela rsrs' e estou muito curiosa para saber o sexo do baby hahaha bjus minha linda
    @dudinhagarcia2

    ResponderExcluir
  6. continua Lele, ta muito legal ainda mais ele carente kkkkkk Beijoos @_soutodinhasua

    ResponderExcluir
  7. Continua princesa
    logico que vc tem um namorado na verdade um marido o Justin!?!
    Continuuuua perfeito como sempre *-*

    ResponderExcluir